O Paço do Frevo, localizado na Praça do Arsenal da Marinha, no Bairro do Recife, inaugura nesta quinta-feira (29), às 19h, a nova versão da sua principal exposição: “Frevo Vivo”. A mostra, que acompanha o museu desde sua abertura, ganha agora estrutura repaginada, salas imersivas, intervenções educativas e novos elementos simbólicos, reafirmando o frevo como movimento cultural vivo e em constante transformação.
A nova proposta amplia a visão sobre o frevo: mais que um ritmo musical ou manifestação carnavalesca, ele é também expressão social, política e periférica, como destacam os curadores do próprio Paço do Frevo.
Rosa dos ventos e versos frevantes conduzem o visitante
Logo no centro do salão, uma rosa dos ventos colorida pintada no chão guia o percurso da exposição. Entre os versos espalhados no espaço, estão trechos como “Elefante já vem, eu acho é pouco, meu bem” e “Acorda Recife, acorda”, levando o visitante a janelas com vista para Olinda e para o Bairro de São José, numa integração entre cidade e memória.
Estreia será celebrada com orquestras e cortejo de axé
A cerimônia de abertura da nova “Frevo Vivo” contará com apresentações do Quinteto Pernambucano, da Orquestra do Maestro Oséas, e com a força do Ilê Axé Ojuomi, saudando o espaço com corpo, dança e ancestralidade. O projeto conta com curadoria do próprio museu e identidade visual da artista Joana Lira, reafirmando os talentos locais à frente da preservação e reinvenção cultural.
Estandartes, flabelos e o vazio das ruas
Entre os elementos inéditos, os estandartes e flabelos – que já ocupavam a Praça do Frevo – agora têm lugar de destaque, suspensos e em vitrines, trazendo imponência e reverência aos símbolos do Carnaval.
Uma parede da exposição mostra o contraste visual de uma rua de Olinda “vazia” fora de época e o mesmo local em pleno “ruge-ruge” carnavalesco, por meio de uma transição dinâmica de imagens.
Vocabulário do frevo e experiências sensoriais
A nova “Frevo Vivo” inclui intervenções educativas que introduzem expressões típicas do Carnaval pernambucano. Termos como “muganga”, “3 por 10”, “Antigo” e “combustível” ganham definição e contexto, ajudando o público a mergulhar no vocabulário afetivo do folião recifense.
Além disso, há instalações como “Ruas”, que trazem relatos audiovisuais de personalidades do frevo, e uma tela touch interativa com o projeto “Cartografias Sonoras”, que apresenta ensaios de orquestras e movimentos de bastidores.
Salas imersivas fazem o corpo dançar
Duas novas salas elevam a experiência do visitante:
Bonecos gigantes e investimento milionário
Os bonecos gigantes também ganham espaço na nova versão da exposição. Ícones como o Homem da Meia-Noite e a Mulher do Dia serão anfitriões rotativos da mostra. Outras figuras simbólicas do Carnaval pernambucano também terão presença garantida.
A reformulação da exposição “Frevo Vivo” teve investimento de aproximadamente R$ 5 milhões, por meio de fomento da Lei Rouanet, garantindo o padrão museológico e tecnológico da nova experiência.
Serviço
Abertura da nova exposição “Frevo Vivo”
Local: Paço do Frevo – Praça do Arsenal da Marinha, s/n, Bairro do
Recife
Data: Quinta-feira (29)
Horário: 19h
Acesso gratuito
Instagram: @pacodofrevo