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Ex-diretor financeiro do TJPE entra na lista suja do trabalho escravo em Pernambuco

Clisthenes José Pereira de Andrade Lima é acusado após fiscalização resgatar trabalhador em condições degradantes na sua fazenda em Limoeiro

Publicada em 10/04/25 às 08:58h - 725 visualizações

por Blog Amparo


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Palácio da Justiça  (Foto: Assis Lima/Ascom TJPE)

O ex-diretor financeiro do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Clisthenes José Pereira de Andrade Lima, foi incluído oficialmente na lista suja do trabalho escravo, divulgada nesta quarta-feira (9) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A inserção ocorreu após uma fiscalização realizada em 2024 constatar que um trabalhador vivia em condições análogas à escravidão na Fazenda Guabiraba, localizada na zona rural do município de Limoeiro, no Agreste pernambucano.

Denúncia é contestada por pessoa próxima ao ex-diretor

À reportagem do Diario de Pernambuco, uma fonte próxima a Clisthenes afirmou que ele estaria sendo alvo de uma "injustiça". Segundo a versão apresentada, o trabalhador em questão teria pedido uma casa para morar de graça e posteriormente “armado uma armadilha”.

Ainda segundo essa pessoa, o homem “morava de favor” e não trabalhava na propriedade. “A fiscalização disse que a casa em que ele morava não tinha condição de dignidade da pessoa humana”, declarou a fonte. “Começaram a imputar essas coisas a ele [Clisthenes], e o trabalhador foi se beneficiar”.

Ex-diretor atuou entre 2020 e 2022 no TJPE

Conforme registros do próprio TJPE, Clisthenes assumiu o cargo de diretor financeiro — uma função comissionada — em 4 de fevereiro de 2020, sendo exonerado em 2 de fevereiro de 2022. Antes disso, ele já havia atuado como bancário e também ocupou a posição de gerente-geral da Associação dos Magistrados do Brasil (AMB).

Até o momento, Clisthenes não se pronunciou publicamente sobre o caso. O espaço segue aberto para manifestação. O Tribunal de Justiça de Pernambuco também foi procurado, mas não respondeu até o fechamento da matéria.

Lista suja inclui 745 nomes em todo o país

Com a nova atualização, a chamada “lista suja” do trabalho escravo passou a reunir 745 empregadores (pessoas físicas e jurídicas) em todo o Brasil. A publicação é feita semestralmente pelo Ministério do Trabalho, com base em fiscalizações que constatem exploração laboral em condições degradantes ou restrição de liberdade dos trabalhadores.

Dessa nova leva, 155 nomes foram adicionados em abril, enquanto 120 foram retirados por já terem completado o prazo de dois anos, conforme previsto na Portaria Interministerial que regula o cadastro.

Pernambuco tem 19 empregadores na lista; veja quem são

Atualmente, 19 empregadores de Pernambuco estão listados como responsáveis por casos de trabalho análogo à escravidão. Além de Clisthenes José, os novos nomes adicionados nesta quarta-feira (9) incluem:

  • Evambivaldo Ferreira Gonçalves, em Ipojuca, com 3 trabalhadores envolvidos;
  • Agroflorestal Serra das Abelhas Ltda, em Exu, com 8 trabalhadores;
  • Cícero Antonio Lobo Cruz, com 1 trabalhador em sua residência;
  • Eduardo Natanael de Jesus, em Frei Miguelinho, com 2 trabalhadores;
  • FRF Construções LTDA, também em Ipojuca, com 24 trabalhadores — maior número registrado;
  • M.J. dos Santos Cunha Calcário LTDA, em Santa Maria do Cambucá, com 5 trabalhadores;
  • Pauliran de Almeida Montalvão, em Petrolina, com 3 trabalhadores;
  • Rubem Gomes Soares, também em Santa Maria do Cambucá, com 7 trabalhadores.

Lista busca dar transparência ao combate ao trabalho escravo

Segundo o Governo Federal, a lista suja tem como finalidade dar transparência às ações de combate ao trabalho escravo, realizadas pelos auditores-fiscais do trabalho. A permanência na lista é de dois anos, durante os quais os nomes podem ser consultados publicamente por qualquer cidadão ou empresa.

A prática de manter trabalhadores em condições degradantes ou com cerceamento de liberdade é considerada crime no Brasil, conforme previsto no artigo 149 do Código Penal.




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